quarta-feira, 10 de junho de 2015

Atentando para os papéis

Uma das frases mais célebres de Agostinho,  um dos pais da  igreja  cristã primitiva  é a assertiva sobre o amor: 
"O amor tem mãos para ajudar outras pessoas. Tem pés para correr e acudir os pobras e necessitados. Tem olhos para ver a miséria e a pobreza. Tem olhos e ouvidos para ouvir os  lamentos e tristezas dos homens"
Jamais serei adepta da teologia difundida por  Leonardo Boff, certamente não concordo com a teologia da libertação, cujo propósito é interpretar as Escrituras através do sofrimento dos pobres , uma doutrina humanista que luta por justiça social.
Mas não podemos fechar o olhos para os sofrimentos das pessoas ao nosso redor.
" Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus? Mq.6.8
Temos que refletir sobre a relevância e o papel da igreja quanto à estender as mãos ao necessitado,  não o como uma maneira de pleitear a   salvação dos seus pecados, ou achar que o problema do pecado se dá pelas injustiças sociais, não com o mesmo olhar da teologia supracitada, mas com a perspectiva de evidenciar o amor miraculoso do nosso Deus,  entendo que as pessoas também possuem a  necessidade de matar a sua fome física. 
  A igreja tem um papel social,  Ela deve  dar atenção a este fato  e não esquivar-se disso. Pregar contra a corrupção e injustiças sociais,  como patrões cristãos  não oprimir e nem explorar aos nossos funcionários, mas agir com integridade também faz parte da tarefa da igreja.
Atender as necessidades tanto espirituais como as de qualquer outra ordem é algo que a Igreja pode executar com muita destreza.
"Acaso não é este o jejum que escolhi? que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo? e que deixes ir livres os oprimidos, e despedaces todo jugo?  Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres desamparados? que vendo o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?E se abrires a tua alma ao faminto, e fartares o aflito; então a tua luz nascerá nas trevas, e a tua escuridão será como o meio dia" Isa 58.6,7.
Atententemos para os necessitados,  apressemos os nossos pés, as nossas mãos e o nosso coração pra amar de fato e de verdade.  Esse amor prático, que não se isenta da doutrina verdadeira sobre as reais condições espirituais do homem, esse é, de fato, o amor que devemos evidenciar.
Amo vocês 
Clébia ✌

4 comentários:

  1. Esse história da teologia da libertação so me lembra uma música de Gilberto Gil, que dizia: olha lá vai passando a procissão, se arrastantando q nem cobra pelo chão, (...) esperando o q Jesus prometeu (...) e Jesus prometeu coisa melhor (...) só depois de entregar o corpo ao chão, só depois de morrer neste sertão... " é incrível a cegueira... todos cegos! É lamentável!

    ResponderExcluir