Renúncia

A humanidade do século XXI é egoísta. Fato. Desde o Renascimento Italiano, onde o homem ficou como o centro de tudo, o Antropocentrismo, nunca mais vimos aquilo que chamávamos de “pensar no próximo”. Quando o homem percebeu o que era capaz de fazer, se esqueceu que precisava de ajuda para realizar qualquer atividade.
Essa ação egocêntrica de pensar no seu próprio nariz, reflete não so em uma pessoa, mas uma sociedade inteira. E em todas as áreas daquela sociedade. A vida cívica é afetada nas áreas sentimentais, emocionais, corporais (sim, às vezes) e mentais. Quando entramos num relacionamento, por exemplo, imprescindivelmente uma mente acaba se tornando em duas. O que antes fazia pensando somente em mim, agora penso naquele que amo.
Aparentemente simples né? Mas de tão simples que seja, é uma das coisas mais difíceis de se fazer. Provavelmente, a dificuldade não seja o pensar em conjunto propriamente dito, mas sim, deixar de lado o pensar em si proprio.
A renúncia nunca foi algo fácil, muito menos quando o renunciado é você mesmo. Mesmo em prol do amor, muitas pessoas ainda têm dificuldades de renunciar. Egocentrismo delas? Às vezes. Mas na maioria dos casos, é algo inconsciente. Simplesmente, por um impulso, mentimos, negamos, ou fazemos algo que posteriormente vamos nos arrepender. Tudo isso para acariciar nosso Ego, que, como já não fosse cheio de si, merecesse mais atenção. Nesse quesito, o erro é totalmente nosso.
Como cristãos, diariamente temos que renunciar à nós mesmos, mortificar nossa carne. Tarefa fácil? Nunca foi! E é por isso que, muitas vezes, caímos em pecado. Porque nosso EU vem na frente a vontade de Deus. E isso, repetidas vezes, acaba nos levando ao fundo do poço. Minha oração diária é para que eu possa sempre me lembrar que a vontade de Deus é a melhor e mais perfeita e que todo dia ele possa me ajudar a negar minhas vontades!
“...comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.” Rm 12.2
Por Irving Damasceno.
Meu filho!
Amo vocês
Clébia ✌